segunda-feira, 28 de março de 2011

Momento (raro) Kodak


Há resmas de fotos dela.
Há resmas de fotos dela com o pai, mas comigo são tão raras que até merecem registo!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Zitamina em modo fútil

Adoro ver o programa What not to wear, e sou sempre assolada pelo desejo secreto de que peguem em mim e me ofereçam 5 mil dólares para renovar o guarda roupa e o visual.
Se pelo meio achassem por bem incluir uma ou outra intervenção estética, não me faria rogada. Tenho aqui umas tantas camadas de celulite e outras coisinhas que mereciam um mínimo de atenção.

Seria elegante dizer que é o peso da idade, mas não... é o peso do desleixo, mesmo!

E isto vem a propósito de quê? Esta semana tem sido a p*** da loucura! Comprei cuecas e cortei o cabelo,
o que é coisa capaz de revelar a Stacy London que há dentro de mim!


Nota mental:
Sou a única a achar boa ideia que os centros comerciais deveriam dispor de um serviço de consultoria de imagem?
Grátis, de preferência?

quarta-feira, 23 de março de 2011

Zitamina em modo de amargura com a vida

Sobre isto, disseram para não me preocupar que é um assunto resolvido.
Está bem está... vamos ver se um dia destes não tenho uma surpresa desagradável.

terça-feira, 22 de março de 2011

O meu espírito consumista é:

Ficar feliz por comprar cuecas novas.

Eu sei que há algo de errado comigo...

Selo Rosas



A Manuela, uma das pessoas mais queridas que já conheci, presenteou-me com este Selo, que tem a contrapartida de divulgar 7 coisas que adoro.

Como tal, aqui vai...

Adoro o sorriso e a boa disposição contagiante da minha filha
Adoro o sol a entrar pelas janelas e ver a casa imersa num mar de luz
Adoro mimos, surpresas boas e palavras carinhosas
Adoro costurar e sentir que é uma coisa que faço bem
Adoro limonada e até plantei um limoeiro no meu jardim
Adoro levantar-me cedo e aproveitar as manhãs
Adoro pão quente com manteiga

Obrigada pelo mimo, querida.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Aviso à nevegação

Ainda estou a recuperar, e os trabalhinhos vão indo a meio gás...
Assim que possível, retomarei o ritmo normal!

quinta-feira, 17 de março de 2011

A entrevista

Não foi o que eu estava à espera. Se é que me fosse permitido esperar fosse o que fosse...
De uma coisa eu estava certa: Estás a receber subsídio? Comes e calas!

Pois bem, fui confrontada com uma realidade que me deixou com  os nervos à flor da pele, ao ponto de, assim que me vi sozinha, me desmanchar em pranto que nem uma menina de 5 anos a quem tiraram a boneca favorita.

A entrevista disse respeito a um programa de reabilitação para deficientes. Tudo a favor, nada contra.
Ajudam pessoas com deficiências a entrar no mercado de trabalho, dando-lhes formação e eventual apoio na procura de emprego.

Querem dar-me formação, a 70 km de casa, não pagando despesas de deslocação, com duração de ano e meio, num curso de cad que se calhar eu aprendia numa semana, e quando o meu subsídio termina dentro de meio ano e nada me foi dito que este continuará a ser pago durante o tempo de formação.
Senhores, de certeza que não estamos em sintonia...

Expliquem-me lá, como se eu fosse muito burra... Porque é que eu, arquitecta paisagista há quase 10 anos, com 8 de experiência profissional, que trabalho com um programa de cad com uma perna às costas, casada e mãe de família, com responsabilidades, sou uma boa candidata a este programa? Só porque um dia tive a infelicidade de perder a audição?
E agora o Estado, o mesmo cuja Junta Médica, por Lei, não me atribui qualquer incapacidade devido a esta "deficiência", e consequentemente nenhum benefício, vem impor-me uma formação que eu não quero, durante um período de tempo absurdo, longe de casa, sem receber um tostão, apenas com a promessa de "tentar ajudar"?
Excepto a entrada na universidade, nunca tive quaisquer vantagens e regalias por ser deficiente, e não será agora que me vão impor isso à força toda.

Sim, estou revoltada. E com medo. Muito medo... Sinto-me entre a espada e a parede, com a perspectiva de, face à recusa, ficar sem o subsídio que está a permitir ter a vida (por enquanto) equilibrada.
Agora é altura de tentar perceber este sistema muito bem, e pensar, com a cabeça já mais refrescada.
É que a quente, as ideias saem um bocado toldadas

quarta-feira, 16 de março de 2011

Vida de desempregada

Dentro de 4 horas vou estar a ser avaliada.
Ajudava saber ao que vou, mas as coisas são mesmo assim. Atiram-nos aos cães e esperam que a gente se safe.

Também ajudava não estar doente. Mas pronto... é mais um ponto extra.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Ui

Avizinha-se uma semana complicada...
A Rita doente, eu a ir pelo mesmo caminho, atraso nos "trabalhos", entrevista no centro de emprego (a primeira a que me chamam)... E seja o que Deus quiser.

terça-feira, 8 de março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

É carnaval

Em miúda, vivia o Carnaval com a euforia que lhe é inerente.
Queria andar mascarada/pintada a toda a hora, ver desfiles, ir a festas e delirava com aquilo tudo.
As minhas fantasias, quando a minha mãe já não tinha paciência para me fazer um vestido à Sevilhana ou uma roupa a Pierrot,  ou mesmo quando a vizinha não me podia emprestar aquela fantasia de bruxa que eu adorava, por já estar destinada a alguém, eram improvisadas muitas vezes com roupa velha retirada do fundo das gavetas, saias rodadas, xailes, fatos e coletes com mais anos de vida do que eu e tudo o que pudesse ser convertido em algo interessante.
Lembro-me que era quase um ritual, dias antes da data, escolher a fatiota e proceder às alterações necessárias. Em parte, era isso que fazia a coisa ser divertida.

Hoje vê-se um desfile de personagens. As crianças vão alegres vestidas de Homem-aranha, Princesa e Kitty, é certo, mas eu olho e vejo fantasias sem piada...
São daqueles fatos inteiros, sem forma e de tecido duvidoso (se é que aquilo é tecido) e ao qual nem se deram ao trabalho de retirar os vincos das dobras por passarem meses dentro de um saco.
Um fato retirado de uma qualquer prateleira de supermercado, sem história, sem vida.
Algo que para o ano que vem já será um monte de material rasgado e fora de moda, porque entretanto surgiu um fato ainda mais fixe.


E vai-se a ver, parece que o Carnaval (também) já é descartável.

terça-feira, 1 de março de 2011

Os surdos, os ouvintes e os outros

No outro dia deu uma reportagem na Tv sobre surdos. Mais precisamente, sobre surdos e a sua relação com o som e o silêncio.
Este tipo de reportagem é algo que me desperta a atenção. Pelos motivos mais óbvios, mas também porque é o único tema em que os canais de televisão usam e abusam das legendas. Porque será que só se preocupam com isso quando se aborda a surdez?
Eu gosto de ver reportagens, mas confesso que é deveras frustrante. Primeiro, porque para mim estas são apenas a imagem que se vê no ecrã e segundo, porque mesmo pedindo a alguém que me vá "traduzindo" aquilo que os interlocutores dizem, nem sempre resulta. É aqui que está implícita a minha dependência num ouvinte.

Considero que este assunto daria um debate exaustivo, mas o que me leva a escrever isto é apenas a distinção que se faz. Há os surdos, os ouvintes e os outros, sendo que me considero mais encaixada nos "outros".
Passo a explicar... sendo surda profunda, parece-me óbvio que a maioria me enquadre na comunidade surda. No entanto não me sinto assim. Para mim, comunidade é algo que implica uma convivência social com os seus pares, neste caso, com outras pessoas que sofrem da mesma deficiência e juntas criam o seu ambiente ideal. É o que me parece que acontece quando vejo um grupo de surdos a conviver e a conversar usando a LGP.
Eu, tal como a maior parte de vós se calhar, gosto de ver. Gosto de olhar para eles quando falam com as mãos, e exprimem palavras e emoções com simples gestos. Acho lindo. Mas é aí que me começo a sentir excluída, pois nunca tive essa convivência, nunca aprendi LGP, nunca participei em debates exaustivos onde a palavra é rainha, seja saída da boca ou das mãos.
Sendo uma surda "falante", estou mais próxima da comunidade ouvinte. Aqui sim, estou mais integrada pois de certo modo é o ambiente que sempre conheci. Mas até que ponto é satisfatório para mim? Onde termina a minha independência? Esta necessidade constante de ter de recorrer, de precisar sempre de alguém para "complementar" uma simples tarefa?
Não sou ouvinte, mas não me sinto completamente surda. Dá para entender?