quarta-feira, 26 de maio de 2010

Coisas úteis (salvo seja) para fazer quando se tem muito tempo livre - parte II

Já lá vai mais de dois meses e uns bons litros de água em acréscimo na factura mensal, mas o meu lago vai ganhando cada vez mais vida.
Confesso que a coisa não correu tão bem como esperava. A minha procura por plantas que pudesse colocar dentro da água nos vários hortos/viveiros onde fui, revelou-se infrutífera. O motivo: é proibido vender plantas aquáticas!

Não dando o braço a torcer, um mês e muita água verde depois, lá rumei à margem do rio Águeda (que quem não sabe, fica a saber que é um afluente do Vouga), e surripei uns pézitos de Juncus effusus, e de Typha latifolia.
Não me parece que sejam suficientes para impedir a água de ganhar algas, mas lá se vai tentando (com a ajuda de uma bomba que a vitamina M achou por bem comprar, em prol do direito à vida dos dois peixitos vermelhos que foram adquiridos este fim de semana.)

Quem também me parece feliz, é a tartaruga, que passou a vida inteira em aquários diminutos e de repente tem aquele paraíso por sua conta...

Há bichos com sorte, pá!

Dias menos bons

Andar à procura de emprego é desmotivador quando não nos enquadramos em nenhuma das ofertas que encontramos.
É desmotivador quando enviamos currículo e portfolio e não recebemos uma única resposta.
É desmotivador quando sentimos que dificilmente voltaremos a exercer a formação que abraçámos.
É desmotivador quando sabemos que estamos aquém dos requisitos que uma empresa exige. E que nada podemos fazer para alterar isso.

Nesta altura do campeonato, sou perseguida pela minha dificuldade auditiva, quer queira quer não.
Não posso dizer que já tenha sentido na pele a discriminação, porque a minha experiência profissional resume-se apenas a uma entidade. E aí sempre fui tratada com carinho e sempre tive a cooperação dos meus colegas. Era fácil, porque as minhas funções limitavam-se a "projectar" frente a um computador. As relações com o exterior não eram nada de significativo e quando existiram, lidei sempre com pessoas que souberam contornar a situação de modo eficiente.

Mas e agora?
Ponho-me no papel de um empregador, e não vejo a coisa facilitada. Como iria lidar com o factor "urgente", tão em voga no mundo actual?
A urgência em resolver problemas no imediato, de dar resposta, de cumprir... e a única maneira que eu reconheço é pegar no telefone!

Isso só me faz sentir incapaz.

Eu sei que há outras formas de comunicação, e adaptação e mimimi, mas isso também depende do ramo em que se trabalha.

Por isso digam-me... alguém conhece um jardineiro, trolha ou pedreiro, ou mesmo um encarregado, que tenha um PC ao seu lado numa obra e que use regularmente as novas tecnologias??? Também é válido para os SMS - algum que perca tempo em escrever no telemóvel???
...

Ah pois... bem me parecia!

terça-feira, 25 de maio de 2010

from lisbon to bruges

A Maria encanta-me.
Adoro a sua maneira de escrever, em todos os blogs onde já a acompanhei.

Deparei-me com este link há uns dias, e sorri. Estava ela incógnita, mas reconheci-lhe o jeito e o sonho, sem qualquer sombra de dúvida.

Queria eu ter um grande blog para poder ajudar a Maria e o gato a chegar a Bruges. E divulgar ao máximo a sua causa, que neste momento passa por vender todo o recheio da sua casa. Neste momento estão em leilão os seus livros. Ide ver. Ide!
É bonito, mas mais bonito é ver o movimento que se tem gerado em torno desta busca por um sonho.

Desejo-lhe toda a sorte.