sexta-feira, 21 de março de 2008

Petição

Porque sou da opinião de que quem faz os cães serem perigosos, são os seus donos,
aqui fica uma petição para tentar salvar do extermínio os cães da "raças potencialmente perigosas"

Resta saber se fará diferença.

quarta-feira, 19 de março de 2008

a minha voz


Quando era pequena, irritava-me profundamente ter a minha família a mandar-me falar.
Falar muito e falar alto.
Na minha cabeça de criança, não fazia sentido. Olhava para eles, muito senhora de mim, e respondia torto a maior parte das vezes. Sim, porque eu refilo!
A verdade é que o faziam para eu não deixar de falar uma vez que, dizem, é comum acontecer quando se deixa de ouvir.
Eu ria-me de tal barbaridade, mas isso era eu que era um espírito rebelde.
Mau, era ver a minha família zangada comigo quando eu falava sem som ou, pior ainda, quando as minha primas, com quem tinha contacto mais directo, me falavam assim também, para só eu poder perceber o que elas diziam.

O que eles não sabiam, era que falávamos assim apenas na presença deles, para podermos falar à vontade sobre os nossos segredos...

Por esta mesma razão nunca aprendi LGP (língua gestual portuguesa). Por um lado foi bom, pois estive sempre integrada (a bem ou a mal) no meio dos ouvintes, mas por outro lado sinto que limitaram em muito a minha aprendizagem.

Não faço ideia de como é a minha voz, por isso não a posso descrever. A única coisa que sei é que tenho um sotaque que me persegue e faz toda a gente pensar que está perante uma estrangeira, facto que me diverte mais do que me chateia.
Já passei por espanhola, por inglesa, por romena, por ucraniana, e tudo isto porque “falo de memória”.
No entanto, desde que recebi o implante, tenho recuperado a minha fala, o que me faz acreditar piamente que, mais um pouco, e serei genuinamente portuguesa!

domingo, 9 de março de 2008

Óbidos















Um domingo bem passado a re-descobrir alguns recantos encantados deste país