terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Tentar

Tudo aquilo que disse ontem desvaneceu-se quando ao fim do dia recebi um telefonema a dizer "Gostava que fizesse parte da nossa equipa".
Continuo, claro, a duvidar das minhas capacidades, que isto não é coisa que passe de um dia para o outro, mas se há alguém (e que alguém, senhor... que alguém!) que está disposto a apostar em mim e no meu trabalho, é um bom ponto de partida para começar a valorizar-me.

Agora desculpem-me, mas tenho trabalho para fazer (em tempo record, para variar)!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Desistir

Cada vez é mais óbvio para mim que eu e a Arquitectura Paisagista não temos uma relação saudável.
Já vão longe os tempos em que o meu peito inchava de cada vez que eu falava ou ouvia falar de projectos/intervenções/obras relacionadas com espaços verdes.
E cada vez está mais longe a minha crença de que o curso que um dia me lembrei de tirar, seja a minha opção de vida.
O motivo? A minha falta de confiança em mim e nas minhas capacidades. A ideia que eu vou alimentando de que nada do que faço na área é importante. E grandioso. E vistoso. Na verdade, acho mesmo que tudo o que fiz até agora é meramente satisfatório.
Foram talvez anos demais na função pública, onde fui ficando cada vez mais "estúpida" e conformada a tapar buracos. Deixei de me esforçar. Deixei de acreditar que seria capaz de mais.
E hoje, confrontada com a hipótese de participar numa importante obra a nível nacional, dou por mim a "fugir" quando devia ter dado mais e melhor.
Estou chocada comigo mesma. Revoltada. Abatida.
Se é certo que me deram o fim de semana de Natal (!!!!) para pensar em novas ideias para o projecto, coisa que deveria ter apresentado esta manhã (e que do meu ponto de vista não foi mais do que um teste para verem até que ponto eu me empenhava) também é certo que usei esta desculpa para não fazer aquilo que seria suposto.
Em suma, optei pelo caminho mais fácil.
Agora sinto-me uma autêntica nulidade e perfeitamente consciente de que acabei de perder a oportunidade de uma vida.

No entanto tenho a dizer em meu favor que não procuro fama, nem grandes obras nem reconhecimento profissional... Procuro um emprego estável que me permita trazer um ordenado para casa ao fim do mês.

Será pedir demais? Será um desejo assim tão utópico? Será que este emprego nunca vai aparecer na minha área de formação?

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Natal

Quando era miúda, uma das tradições de Natal da minha família era a ida à cidade ver as luzes durante a noite, fazer uma visita às lojas nos tempos em que não havia shoppings e estas ficavam abertas até à meia noite na semana que antecedia as festividades, e comprar uma roupa nova que era, quase sempre, o meu presente de Natal.
A ceia era alternada, ano sim ano não, entre a casa dos meus pais e a dos meus tios. Uma ceia onde a comida presidia e os doces faziam as delícias de todos. O serão era passado junto à lareira a conviver e os presentes abriam-se à meia noite. E éramos todos felizes. Ou parecíamos...


Já não sei quantos anos passaram desde que isso deixou de acontecer. E é ao pensar nisto que tenho noção do quanto as coisas mudam, e o que tínhamos como garantido (maravilhosos tempos de criança), deixou de o ser.

Parece que quando atingimos uma certa vivência, nem é preciso 10 ou 15 anos para se notar as mudanças. Pelo menos comigo tem sido assim, pois de ano para ano, tudo muda...
Dei por mim a pensar em como foram os meus últimos 5 Natais. E não tenho muitas coisas boas a lembrar de quase nenhum deles.
Em 2005, o meu primeiro Natal como mulher casada, foi marcado por graves desavenças familiares. Foi, sem dúvida, o ano de todas as rupturas...
2006 não foi mais do que a continuação da novela que se tornou a minha vida. O Natal?... Passado com quem realmente importa.

2007 creio que já foi mais "normal". Talvez o mais normal destes 5. Pacato.
Em 2008 foi quando chegou a Rita. Mas a época foi tão atribulada com uma série de internamentos, que nem dei pelo Natal passar. Não ofereci um único presente nesse ano. Logo eu, que adoro dar presentes.

2009 foi novamente um ano trágico. O avô da Rita teve um acidente grave na Suíça, no dia em que deveria fazer a viagem de regresso a Portugal para vir ao baptizado dela. Em recuperação, permanece lá desde então, ainda à espera de autorização para voltar para casa. E o Natal?... Foi triste, sem ele, e também ensombrado pelo desemprego que me iria atingir em 2010.
E chegamos a 2010. Um ano que está a custar passar, e também ele repleto de mudanças.

Se ainda for a tempo de acrescentar isto à minha lista de desejos, neste Natal de 2010, quero Amor. Quero que este meu Amor continue a crescer e crescer e acredite que não tem limites.
Quero um punhado de Alegria. Quero ver a minha família reunida, feliz e bem disposta. Quero que as gargalhadas contagiantes da Rita ecoem por toda a casa e nos façam esquecer as contrariedades com que a vida nos tem assolado.
Quero Esperança numa vida melhor, num emprego...

Quero muita Paz e Saúde. Para mim, para os meus e para toda a gente por este mundo fora.


Quero um Natal Feliz, e também o desejo para todos vós, amigos reais e virtuais.
E que todos estes desejos se prolonguem não só pelo ano de 2011, mas por toda a vida que temos pela frente.

Presentes


Estes meus presentes já foram entregues. Felizmente, as novas donas das peças em questão gostaram... :)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Presentes de natal

Eu não sou daquelas pessoas que têm milhentos presentes de Natal para oferecer.
A família é a mais próxima, e os amigos contam-se pelos dedos de uma mão.

Os últimos dias foram passados a executar e garantir que muitos "alguéns" por este país (e estrangeiro também), recebessem um presentinho feito com amor e dedicação. 
E é por isso que, a dois dias do Natal, ainda estou a fazer os meus presentes... shame on me!

Mas lá que estão a ficar um must, isso estão!

(fotos seguem dentro de momentos, que a p*** da máquina fotográfica ficou sem bateria)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

"Porque de um sonho não se desiste"

Viram a Maria e o Gato na TV?
Não?!


Então ide ver aqui!

(que orgulho!)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

2 anos de ti

O teu riso é a melhor coisa que eu posso ouvir.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Maria's Bday

É assim...
Eu não me canso de falar da moça.
Deve ser sinónimo do quanto a admiro. A ela e à sua vontade de perseguir um sonho.
Se dependesse de mim, ela já estaria em Bruges. Mas como é preciso mais do que uma amizade e muita vontade de ajudar, só me resta contribuir como posso. Divulgar. Fazer chegar este sonho a todos os cantos do mundo.
E dizer apenas "Passem lá no leilão da Maria e vejam bem o que ela tem para vender." Quem sabe se não encontram lá um presente todo tcharam ao preço da chuva?
Amigos, é só divulgar, vá!

E, Maria, Bruges já esteve mais longe...
Muitos parabéns por este dia.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

(...)

A chuva bate na janela e as árvores lá fora agitam-se com o vento.
O céu está cinzento. Sombrio.
A comida vai desaparecendo aos poucos do prato, na secretária, frente ao computador.

Estou no meu "intervalo" das costuras, dou a vista de olhos habitual pelos blogs que gosto, e sinto vontade de escrever.
Mas escrever sobre o quê?...

Os meus dias vão passando ocupados. Ando talvez iludida com esta ocupação, mas pelo menos afasta de mim (momentaneamente) o receio de um dia acordar e ver-me sem nada, dia esse que a cada dia que passa fica mais próximo, numa brevidade não tão breve quanto isso, mas real.

Levanto-me e levo o prato para a cozinha. Encontrei algo sobre o que escrever. Uma carta aberta para mim própria. É isso.
Às vezes não é fácil escrever tudo o que nos vai na alma quando sabemos quem nos lê. E não devia ser assim. Fico triste por ser assim.

Voltando ao assunto, que não é mais do que a falta de assunto, ou a tentativa de transformar a inexistência de assunto num post realmente lúcido e provido de sentido, sinto-me sozinha.

Dias preenchidos e ocupados, uma filha linda com quem brincar ao fim da tarde, e sinto-me sozinha.
Sinto falta dos almoços rápidos com a minha querida S., onde qualquer banalidade se transformava em tema de debate, quanto mais não fosse para desanuviar a cabeça das chatices do trabalho.
Sinto falta de ver e falar com as minhas amigas e colegas ao longo do dia.
Sinto falta de vestir algo mais engraçado e maquilhar-me, pela manhã. Sentir-me bonita. E ter mais confiança em mim...

A chuva bate mais forte na janela agora. Ou talvez sejam as lágrimas que me enchem os olhos.

A única certeza que tenho é que o céu continua cinzento.