quinta-feira, 29 de maio de 2008

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Preocupações

Nunca achei que ser mãe fosse pêra doce, e é isso que estou a começar a comprovar neste início do processo de maternidade.
Digamos que, tal como sempre julguei que iria acontecer, estou a vivênciar todos os sintomas que seriam possíveis. Começou com a tensão mamária, que me tem acompanhado nos últimos dois meses e parece que não há maneira de passar, e termina com o problema mais recente de ter falta do que vestir porque parece que de repente toda a roupa ficou pequena.
E digamos que o meu humor não anda dos melhores, face aos constantes enjoos (felizmente controlados com um medicamento milagroso), e à fome avassaladora que me atinge de duas em duas horas.

Hoje estive a dar uma volta ao meu armário, à procura de peças que posso ir usando. Apesar de ter uma ou outra camisola, um ou outro par de calças (que com os devidos retoques de costura irão servir), fiquei desanimada porque a situação financeira não anda famosa ao ponto de poder ter aquilo que gostava, para mim e para a chegada do bebé.

Espero sinceramente que os próximos meses sejam mais simpáticos :(

domingo, 18 de maio de 2008

Reacções "brilhantes"

Tiradas as dúvidas e depois de algum “tempo de segurança”, chega a altura de deixar de negar.
Lá no trabalho, como já sabem, era constantemente confrontada com a questão “Então um bebé? Ainda não??”
Agora já posso dizer “Sim, vem a caminho!”.
Refiro-me, claro, às pessoas com quem trabalho, e não aos meus amigos em particular. Porque esses souberam logo!
No entanto, antes de começar a constatar o óbvio (a minha barriga está a crescer a olhos vistos) tive o cuidado de primeiro falar com o meu chefe, não fosse ele ouvir o comentário por outra pessoa. É que o meu chefe é uma pessoa que não prima pela benevolência...
Nem sei bem que palavra usar para o descrever, mas digamos que o seu sentido de humor é muito particular, com um cinismo fora do comum e uma predisposição invulgar para rebaixar as pessoas.
Profissionalmente, tem uma capacidade para me deixar bastante insegura, e isso enerva-me.

Depois de dois dias à espera do momento certo, na sexta feira ao final da tarde lá consegui um minuto a sós com ele.
Comecei por dizer que tinha uma coisa para lhe dizer, perante o olhar superior dele. Felizmente parecia bem disposto, e eu disse: “Estou grávida!” esperando uma reacção cínica... Que não tardou a fazer-se sentir!
“Ai está? Parabéns!”
Sorri e agradeci, mas ele continuou... “Não é meu pois não??”

Bem, aqui está a estupidez que eu já devia estar à espera.

Só tenho pena de na hora não me ter saído da boca esta resposta:
“Tendo em conta as vezes que já me “F****”, até que podia ser!”

sábado, 17 de maio de 2008

o feijãozinho



Após um ano de tentativas, eis que finalmente a cegonha resolveu dar ar da sua graça. No momento em que descobri que estava grávida, fui assolada por um misto de felicidade e medo.
No entanto, a ideia de ter um ser a crescer dentro de mim, algo pelo qual eu serei para sempre responsável, deixa-me com um genuíno sentimento de protecção, que eu vejo crescer de dia para dia.
Apesar do teste caseiro que não deixou margem para dúvidas, só tive real noção de que “Ele” existe quando, no consultório médico, “O” vi e ouvi...
Um Feijãozinho, com um esboço de coração a palpitar que me deixou completamente maravilhada e feliz.

Olhei para o M e não fui capaz de conter a emoção, ao ver o sorriso que ele esboçava nos lábios...


Vamos ser papás...


E a nossa vida mudou.