quarta-feira, 26 de maio de 2010

Dias menos bons

Andar à procura de emprego é desmotivador quando não nos enquadramos em nenhuma das ofertas que encontramos.
É desmotivador quando enviamos currículo e portfolio e não recebemos uma única resposta.
É desmotivador quando sentimos que dificilmente voltaremos a exercer a formação que abraçámos.
É desmotivador quando sabemos que estamos aquém dos requisitos que uma empresa exige. E que nada podemos fazer para alterar isso.

Nesta altura do campeonato, sou perseguida pela minha dificuldade auditiva, quer queira quer não.
Não posso dizer que já tenha sentido na pele a discriminação, porque a minha experiência profissional resume-se apenas a uma entidade. E aí sempre fui tratada com carinho e sempre tive a cooperação dos meus colegas. Era fácil, porque as minhas funções limitavam-se a "projectar" frente a um computador. As relações com o exterior não eram nada de significativo e quando existiram, lidei sempre com pessoas que souberam contornar a situação de modo eficiente.

Mas e agora?
Ponho-me no papel de um empregador, e não vejo a coisa facilitada. Como iria lidar com o factor "urgente", tão em voga no mundo actual?
A urgência em resolver problemas no imediato, de dar resposta, de cumprir... e a única maneira que eu reconheço é pegar no telefone!

Isso só me faz sentir incapaz.

Eu sei que há outras formas de comunicação, e adaptação e mimimi, mas isso também depende do ramo em que se trabalha.

Por isso digam-me... alguém conhece um jardineiro, trolha ou pedreiro, ou mesmo um encarregado, que tenha um PC ao seu lado numa obra e que use regularmente as novas tecnologias??? Também é válido para os SMS - algum que perca tempo em escrever no telemóvel???
...

Ah pois... bem me parecia!

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