quarta-feira, 20 de maio de 2009

Hard times


Seria com esta fotografia que no próximo domingo eu iria presentear a nossa família como lembrança de baptismo da Rita.
Não fosse o destino cruel ter ditado ontem, injustamente, um acidente grave ao pai do M.
Neste momento está tudo num reboliço. A única certeza que temos é que a situação não está fácil.
Tenho o meu marido metido num avião a caminho da Suiça para ir ter com o pai, e eu sinto-me impotente e mergulhada em mágoa.

A única coisa que quero é que ele volte para casa. Quero que todos voltem para casa. Quero ver a minha filha sentada ao colo do avô, e quero que ele a ensine a andar de bicicleta, um dia.

Nunca esta frase fez tanto sentido como agora:

Há apenas duas maneiras de ver a vida: uma é pensar que não existem milagres, e a outra é acreditar que tudo é um milagre.




6 comentários:

framboesa disse...

e todos nos sentimos impotentes nestes momentos...vale o sorriso lindo da Rita!
beijos

Cláudia disse...

é nestes momentos que lamento a distancia que nos separa!!!

Um grande beijo e um forte abraço!!!

(estou por aqui para qualquer coisa...tu sabes disso, certo??)

sonia disse...

Oh merda amiga!!!!!Mas que vida!!!Espero que o marido jà tenha voltado e que o teu sogro jà esteja bem!!!

Um xiu-coração muito muito apertadiko!!!

Beijinhos grandes

Z disse...

o marido já voltou, mas o sogro não está bem não... :(
os médicos não podem dizer até que ponto o cérebro está afectado.

um dia de cada vez
beijo grande a todas, e obrigada

m disse...

Estas coisas são como são.
Nunca ouvi ninguém dizer que a vida é justa, no entanto, há injustiças e situações que não deviam acontecer.

Esta é uma delas...
A Z conhece o meu pai, mas não tão bem quanto eu. Eu sei o que ele pensa. Como pensa... E sei ver nos olhos as emoções que ele sente quando vê a Rita. É enorme o amor que ele sente por ela!

Estive na Suiça durante uns dias. Houveram muitas coisas que me tocaram profundamente, desde logo ver o meu pai num hospital, nos CI, numa cena que nem no Dr House é bonita de ver.
É frustrante o sentimento de impotência ao ver ali uma pessoa, deitada, "longe, muito longe..."

Houve (e há) outra situação que me arrepia quando penso nela, pois a vivi na 1ª pessoa, e que me levou a pensar em coisas, tantas coisas, mas que apenas me levavam a concluir que, às vezes (tantas vezes), damos tanta importância a coisas sem importância nenhuma!

Compreendi agora o que é ser emigrante. Estar fora do nosso país, dos nossos familiares e amigos. Percebi isso quando pessoas que não conheço de lado nenhum nos apoiavam, lá no hospital. Quando telefonavam para quem nos acolheu lá, a dar força...
Ouvi muitas vezes que "aqui, todos somos família. Se não nos apoiarmos e ajudarmos, ninguem mais o fará"

Acho que o meu pai vai resistir a mais esta provação.

E de certeza que vai ensinar a Rita a andar de bicicleta.
Ele é forte!

susie disse...

espero que as coisas estejam melhor....
Força.
muitas beijocas