quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Natal

Quando era miúda, uma das tradições de Natal da minha família era a ida à cidade ver as luzes durante a noite, fazer uma visita às lojas nos tempos em que não havia shoppings e estas ficavam abertas até à meia noite na semana que antecedia as festividades, e comprar uma roupa nova que era, quase sempre, o meu presente de Natal.
A ceia era alternada, ano sim ano não, entre a casa dos meus pais e a dos meus tios. Uma ceia onde a comida presidia e os doces faziam as delícias de todos. O serão era passado junto à lareira a conviver e os presentes abriam-se à meia noite. E éramos todos felizes. Ou parecíamos...


Já não sei quantos anos passaram desde que isso deixou de acontecer. E é ao pensar nisto que tenho noção do quanto as coisas mudam, e o que tínhamos como garantido (maravilhosos tempos de criança), deixou de o ser.

Parece que quando atingimos uma certa vivência, nem é preciso 10 ou 15 anos para se notar as mudanças. Pelo menos comigo tem sido assim, pois de ano para ano, tudo muda...
Dei por mim a pensar em como foram os meus últimos 5 Natais. E não tenho muitas coisas boas a lembrar de quase nenhum deles.
Em 2005, o meu primeiro Natal como mulher casada, foi marcado por graves desavenças familiares. Foi, sem dúvida, o ano de todas as rupturas...
2006 não foi mais do que a continuação da novela que se tornou a minha vida. O Natal?... Passado com quem realmente importa.

2007 creio que já foi mais "normal". Talvez o mais normal destes 5. Pacato.
Em 2008 foi quando chegou a Rita. Mas a época foi tão atribulada com uma série de internamentos, que nem dei pelo Natal passar. Não ofereci um único presente nesse ano. Logo eu, que adoro dar presentes.

2009 foi novamente um ano trágico. O avô da Rita teve um acidente grave na Suíça, no dia em que deveria fazer a viagem de regresso a Portugal para vir ao baptizado dela. Em recuperação, permanece lá desde então, ainda à espera de autorização para voltar para casa. E o Natal?... Foi triste, sem ele, e também ensombrado pelo desemprego que me iria atingir em 2010.
E chegamos a 2010. Um ano que está a custar passar, e também ele repleto de mudanças.

Se ainda for a tempo de acrescentar isto à minha lista de desejos, neste Natal de 2010, quero Amor. Quero que este meu Amor continue a crescer e crescer e acredite que não tem limites.
Quero um punhado de Alegria. Quero ver a minha família reunida, feliz e bem disposta. Quero que as gargalhadas contagiantes da Rita ecoem por toda a casa e nos façam esquecer as contrariedades com que a vida nos tem assolado.
Quero Esperança numa vida melhor, num emprego...

Quero muita Paz e Saúde. Para mim, para os meus e para toda a gente por este mundo fora.


Quero um Natal Feliz, e também o desejo para todos vós, amigos reais e virtuais.
E que todos estes desejos se prolonguem não só pelo ano de 2011, mas por toda a vida que temos pela frente.

2 comentários:

piggy disse...

Querida,
Que todos os teus pedidos se realizem, em dobro!
Beijinho, do fundo do coração e que esta lagriminha que agora sinto descer se repita por muitos, muitos, muitos anos! Significa que te tenho, que vos tenho, sempre, sempre comigo.
Adoro-te. Beijinhos pra todos

Maria disse...

Que tenhas uma consoada doce. Tu, a minha Ritinha e todos aí em casa.

:)

Bjos